Em votação esmagadora do conselho da Igreja nesta quarta-feira (1º), uma série de políticas sobre sexualidade foram revertidas. Igreja Metodista dos EUA reverte banimento para sacerdotes gays e políticas anti-LGBT em reunião do conselho em Charlotte, na Carolina do Norte, em 1º de maio de 2024.
AP Photo/Peter Smith
A Igreja Metodista Unida nos EUA removeu nesta quarta-feira (1º) sua antiga proibição contra sacerdotes gays e reverteu uma série de políticas anti-LGBT, como a punição por celebrações de casamentos não-héteros.
A decisão representa uma mudança histórica na conduta da Igreja Metodista americana, que revoga proibições de mais de 40 anos em políticas sobre sexualidade.
O comitê da Igreja votou para excluir penalidades obrigatórias para a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo e remover as proibições para considerar candidatos LGBT+ para integrar o ministério e para o financiamento de ministérios que tenham sacerdotes gays.
Em um placar de 667 votos a favor e 54 contra, o conjunto de mudanças foi aprovado sem debate porque já haviam recebido apoio do comitê de delegados da Igreja. O consenso foi tão avassalador que esses itens foram incluídos no “calendário de consentimento” legislativo, normalmente reservado para medidas não controversas.
No entanto, o tema da inclusão de “homossexuais praticantes assumidos” para o ministério, proibida pela lei da Igreja Metodista Unida, ainda será votado.
Segundo o jornal “New York Times”, a votação desta quarta foi a formalização de uma mudança de política que já havia começado na prática e que havia provocado a saída de um quarto de suas congregações nos EUA nos últimos anos.
Os líderes metodistas dos EUA estão se reunindo pela primeira vez desde 2019, após vários adiamentos devido à pandemia de Covid-19.
Espera-se que o conselho ainda debata e vote detalhes da lei da Igreja nas políticas sobre sexualidade antes do término do encontro, na sexta-feira (3). No entanto, a grande maioria alcançada pelos votos desta terça indica o tom da conferência.
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