Porto Velho, RO – Em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (25), o governo de Rondônia apresentou os resultados das investigações realizadas pela Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), como parte da força-tarefa da “Operação Temporã”, onde três suspeitos foram presos autuados em flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo, munições e suspeitas de provocarem incêndios criminosos na região do Parque Estadual Guajará-Mirim. Os resultados mostram o empenho do governo do estado em identificar e punir os causadores dos danos ambientais.
Durante a diligência, foram apreendidas nove armas de fogo, entre elas espingarda de calibre 12 e carabina 9 milímetros; mais de 200 munições de diferentes calibres; sacas de semente de capim; celulares; 500 litros de querosene e veneno; radiocomunicadores que seriam utilizados para comunicação entra os envolvidos.
OPERAÇÃO EM AÇÃO
A operação da Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar do Estado de Rondônia (PMRO), por meio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), aconteceu no final da tarde de terça-feira (24), e foi finalizada na madrugada da quarta-feira (25), com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em propriedades rurais, no entorno do Parque Estadual Guajará-Mirim, uma das principais áreas atingidas pelo fogo no estado, neste período de estiagem severa.
Material apreendido durante operação da Polícia Civil
O diretor do Departamento de Polícia Especializada da PCRO, José Marcos Rodrigues Farias, explicou que em todas as seis residências houve êxito em apreensões e também na detenção em flagrante de todas as três pessoas encontradas nos locais que foram alvos da operação. “Os moradores de três dessas residências foram presos em flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo e munição, e em todas as casas conseguimos provas de envolvimento com incêndios florestais.”
Nos três casos, conforme a legislação federal, coube fiança, paga pelos mesmos que continuarão respondendo à Justiça. No prazo de 10 dias, de acordo com o diretor, a Polícia Civil vai encaminhar o inquérito completo dos incêndios florestais criminosos à Justiça, para que todas as seis pessoas já identificadas nas investigações respondam pelos crimes cometidos, conforme as provas colhidas.
ATUAÇÃO
O delegado-geral da PCRO, Samir Fouad Abboud, comemorou o enfraquecimento da atuação dos que praticam crimes ambientais com a apreensão das armas. ‘‘As armas representavam a segurança deles para atuarem, pois sabem que estão cercados pelas forças de segurança, e o feito da Polícia Civil em apreender, representa uma medida positiva, e uma grande contribuição ao combate no que tange aos incêndios florestais criminosos’’, salientou.
O diretor do Departamento de Polícia Especializada destacou o perfil dos suspeitos por incêndios florestais criminosos. ‘‘São pessoas que estão causando males ao meio ambiente e para saúde da população com exposição à fumaça. Não são pessoas de bem, não são amadores, são pessoas dispostas a represálias aos que querem um fim desses incêndios maldosos e criminosos’’, evidenciou.
Foi anunciado que as investigações continuam em todo o estado
INVESTIGAÇÕES
As investigações continuam em todo o estado, especialmente nas áreas mais sensíveis de incêndios florestais, como o Parque Estadual de Guajará-Mirim, região da Estação Ecológica Soldado da Borracha e Ponta do Abunã. O titular da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Felipe Bernardo Vital, ressaltou que o governo do estado tem colocado todo o empenho para combater esse mal que tem atingido Rondônia.
‘‘O trabalho da Polícia Civil é silencioso, mas efetivo e exitoso, e com dedicação trouxe essa resposta para a sociedade, a qual parabenizo. O trabalho continua, e em breve teremos mais resultados. Estamos com o máximo de efetivo da segurança pública empregado na missão de combate aos incêndios florestais, um trabalho árduo, onde todos têm se empenhado’’, afirmou o secretário, ao agradecer todos os demais órgãos parceiros que somam esforços na missão.
ENTIDADES ENVOLVIDAS
Além da Polícia Civil do Estado de Rondônia, a “Operação Temporã” de combate e punição a incêndios florestais criminosos, reúne o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia (CBMRO), Polícia Militar do Estado de Rondônia, Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Técnico-Científica (Politec), Gerência de Aviação Aérea do Estado de Rondônia (Gave), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RO), Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER-RO), Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/PrevFogo) e Exército Brasileiro.