Porto Velho, RO – Em um esforço contínuo do governo de Rondônia para atender às comunidades afetadas pela crise hídrica e assegurar a saúde da população, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa/RO), que faz parte do Comitê de Crise Hídrica instituído pelo Decreto n° 28.613, de 28 de novembro de 2023, distribui hipoclorito de sódio 2,5% em todo o estado. Além da distribuição, a Agevisa/RO reforça a importância das orientações sobre o uso adequado do produto. O Comitê articula ações integradas, em resposta às situações emergenciais ocorridas nos municípios, enquanto perdurar o período de estiagem.
O hipoclorito, um produto amplamente utilizado na década de 1990 para combater a epidemia de cólera, é essencial para prevenir doenças de transmissão hídrica, como leptospirose, hepatites A e E, e gastroenterites agudas, incluindo diarreias. O produto é disponibilizado pelo Ministério da Saúde em frascos de 50 ml, priorizando a distribuição para populações que não têm acesso a água tratada. É essencial para a desinfecção de água destinada ao consumo humano em regiões que fazem uso de água proveniente de soluções alternativas coletivas (SACs) e/ou soluções alternativas individuais (SAIs). Esse insumo é parte de uma estratégia mais ampla de controle de doenças, especialmente em comunidades vulneráveis.
“Em Rondônia, a Agevisa coordena um programa chamado Vigidesastres, que é responsável por organizar o repasse do hipoclorito para as gerências regionais de saúde (GRS) localizadas no interior do estado, que, por sua vez, distribuem o insumo aos municípios de suas respectivas áreas de abrangência. No caso de Porto Velho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a Defesa Civil e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) retiram o produto diretamente do almoxarifado da Agevisa”, explicou o coordenador do programa, José Maria Prestes.
DISTRIBUIÇÃO EM 2024
Ao longo de 2024, o programa Vigidesastres distribuiu 28.650 caixas de hipoclorito de sódio 2,5%, equivalente a 1.432.500 frascos. A distribuição começou em fevereiro, quando a gerência de Rolim de Moura recebeu 2.200 caixas, mesmo número destinado à gerência de Ji-Paraná em março. Outros gerências e instituições foram beneficiadas nos meses seguintes, como Cacoal e Vilhena, que receberam 500 e 1.750 caixas em abril, respectivamente. Em maio, Ariquemes recebeu 2.250 caixas, enquanto a Defesa Civil e o Dsei de Porto Velho foram contemplados com 500 e 1.000 caixas cada. Em junho, a gerência Ji-Paraná e a Semusa de Porto Velho receberam 2.250 e 1.000 caixas, respectivamente.
A distribuição continuou no segundo semestre. Porto Velho recebeu mais 3.000 caixas em julho, e Ji-Paraná e Rolim de Moura foram contempladas com 2.500 e 1.500 caixas em agosto. A maior remessa do ano foi para Ariquemes, com 4.000 caixas em setembro. O cronograma de distribuição foi concluído em outubro, com a Semusa de Porto Velho recebendo 3.000 caixas adicionais.
O hipoclorito não deve ser usado em poços amazônicos
USO CORRETO DO HIPOCLORITO
Para a desinfecção da água, a recomendação é adicionar duas gotas do produto a cada litro de água, esperar 30 minutos e, então, consumi-la. Essa prática simples e eficiente pode prevenir uma série de doenças de transmissão hídrica, especialmente em áreas onde o acesso a água potável é limitado.
O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima disse que, o programa tem como objetivo proteger a saúde da população através da gestão dos riscos de desastres naturais, e dispensação de insumos relacionados à qualidade da água. “Ao garantir o fornecimento regular de produtos como o hipoclorito, a Agência colabora para a redução de doenças e agravos, assegurando o bem-estar das comunidades mais vulneráveis.”