Essa é a primeira vez que nove crianças, entre elas, grupos de irmãos, foram acolhidas de uma só vez, um verdadeiro marco histórico para Porto Velho, que é pioneira nesse serviço na região Norte. Em Porto Velho, o serviço é executado e acompanhado pela Semasf, através dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas),onde está referenciado o serviço.
A despedida das nove crianças, que saíram do Lar do Bebê para as novas famílias, foi marcado por muita emoção. O sentimento de amor foi a motivação que tocou o coração de uma família inteira que passou por todo o processo de habilitação e que sentiu a vontade de acolher os nove novos integrantes dessa família. Foram mães e pais que receberam em seus lares crianças de 3 a 11 anos de idade. O momento foi tocado por muita comoção quando uma das crianças, de apenas nove anos de idade, que foi acolhida, no momento da despedida dos amigos do Lar, pediu a fala e agradeceu a Deus pela oportunidade de ter um lar.
Foram mães e pais que receberam em seus lares crianças de 3 a 11 anos de idade
AVANÇOS
Desde que foi implantado, há cinco anos, com o slogan: “O acolhimento é temporário, o amor é para vida toda”, a Família Acolhedora já transformou 40 vidas de crianças e adolescentes, que saíram de ambiente institucional para serem acolhidas em casas de famílias que decidiram doar amor e cuidado e entraram nesse projeto em prol de espalhar a solidariedade humana. O serviço se estendeu tanto que até a zona rural, oito famílias também foram habilitadas para receberem crianças em seu seio familiar.
Para a gerente do serviço Família Acolhedora, Magda de Sá, é essencial parabenizar toda a equipe responsável por fazer de Porto Velho, a primeira capital da região Norte a avançar nesse serviço, a ter um servico consolidado. Ela também aproveitou a ocasião para agradecer as famílias que se propuseram a participar desse grande ato de amor. “Estamos fazendo essa transferência de nove crianças de uma vez só e isso não tem preço! Esse é um momento histórico e emocionante. E as crianças que ainda estão aqui, chegará a vez delas, porque nós continuamos lutando com o ‘Família Acolhedora’ para que a gente possa dar para vocês a oportunidade de conviverem com uma família também. Agradeço na toda equipe, pois para chegarmos até aqui, atravessamos uma trajetória muito grande. E digo ainda que por mais que um acolhimento institucional tenha a melhor estrutura, jamais substituirá o amor de uma família, e estamos atendendo o que o estatuto da criança e adolescente diz, de dar preferência ao acolhimento familiar ao institucional”, falou emocionada.
Oito famílias também foram habilitadas para receberem crianças em seu seio familiar na zona rural
Porto Velho, sai a frente a partir do compromisso com aquelas crianças e adolescentes que são afastadas de seu convívio familiar, na implementação da lei do Família Acolhedora, antes da Recomendação Conjunta nº 2 de 17 de Janeiro de 2024 do Conselho Nacional de Justiça e demais órgãos para integração de esforços para o fortalecimento do Serviço em Família Acolhedora.
Como funciona o Serviço da Família Acolhedora?
Crianças e adolescentes entre 0 a 18 anos que sofreram qualquer tipo de abuso ou violação de seus direitos que, por medida judicial, tiveram que ser retirados do convívio familiar e foram para ambientes institucionais, aguardando decisão judicial, ficam aguardando que a Justiça decida se poderão voltar para o ambiente familiar de origem ou se serão encaminhados para a adoção.
Desde o cadastro de interesse em ser uma família acolhedora, a equipe da Semasf participa de todo o processo, com o apoio de assistentes sociais e psicólogos, cuidador social, que orientam, capacitam e habilitam as famílias, acompanhando as famílias até o fim do processo de acolhimento.
O “Família Acolhedora”, modalidade preferencial no acolhimento de crianças e adolescentes estabelecida pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e reforçada pelo Pacto Nacional da Primeira Infância, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que atualmente determina a obrigatoriedade do serviço em todos os municípios brasileiros, trata-se de um acolhimento temporário, em que as famílias que acolhem, são orientadas desde o princípio que não poderão adotar as crianças, uma vez que o serviço funciona de forma rotativa, onde outras crianças serão acolhidas em outros momentos.
Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)