Volume de chuvas fora do normal castiga o país, e a região norte é a mais afetada. Em abril, pelo menos 70 pessoas morreram durante inundações repentinas. Homem afegão passa por sua casa destruída pela enchente em Baghlan
AP Photo/Mehrab Ibrahimi
Mais de 300 pessoas morreram no norte do Afeganistão em enchentes repentinas causadas por um alto volume de chuvas sazonais, de acordo com informações a agência de alimentação da ONU divulgadas neste sábado (11). Mais de mil casas foram destruídas pelo desastre.
O Programa Mundial de Alimentos está na região distribuindo mantimentos aos sobreviventes de uma das muitas enchentes que atingiram o país nas últimas semanas. A província de Baghlan, no norte, foi uma das mais impactadas.
Na província vizinha de Takhar, meios de comunicação estatais dizem que as inundações deixaram pelo menos 20 mortos.
Zabihullah Mujahid, o principal porta-voz do governo Talibã, postou no X (antigo Twitter) que “centenas… sucumbiram a essas inundações calamitosas, enquanto um número substancial sofreu ferimentos”.
Mujahid identificou as províncias de Badakhshan, Baghlan, Ghor e Herat como as mais atingidas. Ele acrescentou que “a extensa devastação” resultou em “perdas financeiras significativas”.
Segundo ele, o governo ordenou a mobilização de todos os recursos disponíveis para resgatar pessoas, transportar os feridos e recuperar os mortos.
O Ministério da Defesa talibã disse num comunicado no sábado que a força aérea do país já começou a evacuar pessoas em Baghlan e resgatou muitas pessoas presas em áreas inundadas e transportou 100 feridos para hospitais militares na região.
Richard Bennett, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão, disse no X que as enchentes são um lembrete claro da vulnerabilidade do Afeganistão à crise climática e que são necessárias ajuda imediata e planeamento a longo prazo por parte dos talibãs e dos intervenientes internacionais.
As autoridades disseram anteriormente que em abril pelo menos 70 pessoas morreram devido às fortes chuvas e inundações repentinas no país. Cerca de 2.000 casas, três mesquitas e quatro escolas também foram danificadas.
G1 mundo