Cidade, no extremo sul da Faixa de Gaza, é considerada o ‘último refúgio’ para cerca de 1,5 milhão de palestinos que tiveram de fugir do resto do território. Premiê israelense reafirmou intenção de invasão ao local apesar de pressões dos EUA, da ONU e da comunidade internacional. Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cumprimenta representante de associação de parentes de sequestrados e vítimas do Hamas, em 30 de abril de 2024.
Governo de Israel/ divulgação
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (30) que o Exército de Israel entrará em Rafah “com ou sem acordo” para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
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Há semanas, Netanyahu anunciou que faria uma incursão por terra em Rafah, a cidade no extremo sul de Gaza para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos — mais da metade da população do território palestino — fugiu desde o início da guerra.
Os Estados Unidos, a ONU e a comunidade internacional têm pressionado fortemente o governo israelense para que não leve a operação adiante — há o temor de um massacre, já que a população não tem para onde ir.
A cidade faz fronteira com o Egito, mas os palestinos são proibidos de cruzar o controle fronteiriço.
“A ideia de que a gente pare a guerra antes de alcançar todos os nosso objetivos está fora de questão. Nós entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas que estão lá — com ou sem acordo, para alcançar uma vitória completa”, escreveu o premiê em suas redes sociais.
O premiê se referiu à tentativa de um novo acordo entre seu governo e o Hamas. Uma nova rodada de negociações começou na segunda-feira (29) no Cairo, no Egito, com a participação de delegações de Israel, do grupo terrorista, e dos países mediadores — Catar e Estados Unidos.
A proposta inclui um cessar-fogo em troca da devolução dos cerca de 130 reféns ainda sob poder do Hamas. No entanto, as duas partes ainda discordam sobre a pausa nos bombardeios: o Hamas quer um cessar-fogo permanente que leve ao fim gradual da guerra, enquanto Israel aceita apenas uma trégua temporária nos ataques.
Nesta terça, o comissário-geral da Agência da ONU para os Refugiados (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse achar que, caso não haja um acordo ainda nesta semana, a entrada em Rafah pode ocorrer nos próximos dias.
“As pessoas ainda não foram retiradas de Rafah, mas há uma sensação de que, se não há acordo nesta semana, isso pode acontecer em qualquer momento”, declarou Lazzarini.
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G1 mundo