Para o Leandro Dill, Porto Velho tem atravessado um momento de expansão da agropecuária
Porto Velho, RO – Com o maior rebanho bovino de Rondônia, sendo 1,7 milhão de cabeças e ampliando a cada ano o plantio de grãos, aproveitando a sua extensão territorial de mais de 34 mil km², Porto Velho tem se destacado pela expansão do setor produtivo, se posicionando entre os mais produtivos do Estado. E junto com essa expansão na agropecuária, é natural que ocorra também um processo de industrialização.

Porto Velho atravessa um momento de fortalecimento da indústria que apoia a produção agropecuária. Entre essas estruturas, se destacam as bases de embarques de grãos, indústrias de fertilizantes e setor de nutrição animal. O setor primário está organizado e com volume de milho e soja que permitem a produção de ração animal. São ações que, conjugadas, fortalecem a economia do Estado e isso se dá pelo avanço da produção primária.

Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ADPV), Leandro Dill, Porto Velho tem atravessado um momento de expansão da agropecuária. “Porto Velho tem uma disponibilidade grande de terras subutilizadas ou degradadas que permitem essa forte expansão, no entorno da capital, com uma vantagem comparativa enorme que é a proximidade com o porto para o escoamento da produção, gerando competitividade ao produtor rural, pois o custo de logística é menor”.

Porto Velho está se consolidando como um dos principais entrepostos de exportação de grãos do país

De acordo com Dill, “os setores econômicos são complementares, para ter agro forte, é importante ter indústria forte. O implemento do agro é um produto industrial: o fertilizante. As tecnologias são serviços industriais, como a implantação de um frigorífico. E isso bem consorciado, criam esse vetor de crescimento que Rondônia tem experimentado”.

ESCOAMENTO

Por sua localização estratégica, Porto Velho está se consolidando como um dos principais entrepostos de exportação de grãos do país. Nos últimos anos, o município recebeu cerca de R$ 2 bilhões de investimentos privados para a construção de tombadores e estações de transbordo de cargas, em novos terminais de embarque de grãos e de outros produtos, com perspectivas de expansão. Esses investimentos não são por acaso: se há essa decisão de grandes empresas é em razão da nossa potencialidade. Porto Velho tem vantagens competitivas para ser um dos principais hubs logísticos do país, isso é evidente.

Uma necessidade é a duplicação da BR-364 e a conexão de outras rotas, do Noroeste do Mato Grosso, a Rondônia, a exemplo da BR-174. Por falta de rodovia pavimentada, os grãos produzidos nessa região vão para o porto de Miritituba, em Itaituba (PA), mas poderiam vir para Porto Velho, que é muito mais próximo.

Uma necessidade é a duplicação da BR-364 e a conexão de outras rotas, afirma Dill

Segundo ele, “a duplicação da BR-364, que é uma rodovia já estrangulada, é uma necessidade urgente. De nada adianta termos portos de transbordo de cargas se os caminhões não chegarem”.

Dill reforçou que foi definida a concessão da hidrovia do Madeira, com a previsão de R$ 560 milhões de investimentos ao longo de 12 anos, visando a melhoria da navegabilidade em cerca de mil quilômetros do rio Madeira. “Somos um rio navegável, mas para ser hidrovia de fato, precisamos ter investimentos em batimetria, sinalização permanente e dragagem dos pontos críticos, o que vai ocorrer com a concessão”.

BR-319

Outro ponto importante é a pavimentação asfáltica da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus (AM), com cerca de 400 quilômetros por fazer. “Não é uma rodovia para o transporte de grãos e de cargas de grande volume, que deverá seguir ocorrendo por via fluvial. Mas, para produtos perecíveis, como carnes, peixes, hortifrutigranjeiros, será essencial para que possamos acessar o mercado de Manaus em dez horas de estrada. Além de facilitar a vinda de eletroeletrônicos e o trânsito de pessoas”, observou.

Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)



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