Imagens de satélite e aéreas mostram a dimensão da fumaça e das chamas e os pontos de foco do fogo. Segundo Prevfogo, combate ao incêndio é dificultado pelo baixo efetivo e falta de apoio aéreo. Incêndio no Parque Guajará-Mirim, em Rondônia
Prevfogo/Divulgação
Há 13 dias, um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Estadual Guajará-Mirim, unidade de conservação de Rondônia. Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o fogo já afetou uma área de aproximadamente 10 mil hectares.
Imagens de satélite e aéreas mostram a dimensão da fumaça e das chamas e os pontos de foco do fogo. Ainda não há informações do que teria causado o incêndio. (veja imagens abaixo)
Focos de incêndio no Parque Guajará-Mirim
Prevfogo/Divulgação
Ainda conforme o Prevfogo, existem quatro frentes de fogo no Parque. No entanto, os brigadistas atuam em apenas duas frentes, já que não conseguem chegar ao incêndio por falta de aeronaves.
O Prevfogo informou ao g1 que foi acionado para combate ao incêndio no dia 12 de julho, mas que o incêndio foi identificado dia 11. Seis dias depois, no dia 18 de julho, uma equipe se deslocou para atuar no local.
A equipe inicial é composta por 12 pessoas. O pouco efetivo é apontado pela equipe como uma das principais dificuldades da operação. Além disso, os brigadistas atuam apenas por meio terrestre, pela falta de apoio aéreo. Foi feita uma solicitação para o envio de mais 12 pessoas para o local.
Brigadistas atuando no Parque Estadual Guajará-Mirim
Prevfogo/Divulgação
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Equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar também moveram efetivo de pessoas e meios terrestres para atuar no combate às chamas.
O g1 entrou em contato com o governo de Rondônia, responsável pela administração do Parque Estadual Guajará-Mirim, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Parque Guajará-Mirim
Fogo atinge Parque Guajará-Mirim
Prevfogo/Divulgação
O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de proteção integral, com aproximadamente 220 mil hectares, localizada na zona rural de Nova Mamoré. A UC foi criada há mais de 30 anos, através do Decreto Nº 4.575, de 23 de março de 1990.
Ao longo dos anos, a região vem sofrendo devastação em decorrência da permanência de invasores no local. Os crimes mais recorrentes são extração ilegal de madeira, desmatamento, incêndio, pastagem, caça e pesca ilegal e grilagem de terras.
Para entender a importância de preservação do Parque, cabe ter conhecimento que dentro da unidade existem diversas espécies, seja da flora ou da fauna, que são ameaçadas de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis.
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G1 Rondônia