O tutor de Wally diz que suspeita que alguém tenha roubado o animal, que estava em uma área cercada –o suposto ladrão de jacaré teria conseguido passar o animal por baixo da cerca. Joie Henney abraça o jacaré Wally, seu animal de suporte emocional, em sua casa na Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 22 de janeiro de 2019. Wally está desaparecido após uma viagem à Geórgia.
Heather Khalifa/The Philadelphia Inquirer via AP, File
Wally, o jacaré, ajudou seu tutor Joie Henney a sair de uma depressão que durou quase uma década. O homem afirma que se trata de um animal de apoio emocional, que ele precisa para ficar psicologicamente bem. O problema é que Wally sumiu. Ele foi visto pela última vez em 21 de abril.
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Henney é do estado da Pensilvânia e foi passar as férias no estado da Georgia quando o jacaré de estimação sumiu.
O tutor de Wally diz que suspeita que alguém roubou o animal, que estava em uma área cercada –o suposto ladrão de jacaré teria conseguido passar o animal por baixo da cerca.
Em publicações em redes sociais, Henney afirmou que alguém deixou resolveu fazer uma “pegadinha” com o jacaré e deixou o animal do lado de fora da porta de uma casa. O dono chamou as autoridades, que capturaram Wally e o soltaram em uma região de pântano.
Henney, o tutor, apareceu chorando em um vídeo publicano em redes sociais. Ele disse que precisa de toda a ajuda possível “para trazer meu bebê de volta”.
O tutor de Wally organizou uma campanha de arrecadação online para cobrir custos de viagem, consultoria e possíveis despesas legais e veterinárias para trazer o animal de volta para casa caso ele seja achado. Foram arrecadados cerca de US$ 11 mil (R$ 55,8 mil).
Boletim de ocorrência
Segundo a agência de notícias Associated Press, ninguém fez um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de um jacaré no distrito onde o animal sumiu.
O Departamento de Recursos Naturais do estado da Geórgia disse, no entanto, que houve um chamado sobre um jacaré no dia 21 de abril –não se sabe se é realmente Wally. O órgão chamou um homem autorizado a capturar animais e soltá-los em regiões verdes.
No estado da Georgia, é preciso ter uma autorização especial para manter um jacaré, e não é permitido a ninguém ter um como animal de estimação.
Registro do jacaré Wally como animal de suporte emocional do tutor americano Joie Henney.
Reprodução/redes sociais
No estado da Pensilvânia não há leis sobre esse tema, mas é proibido libertar um animal como um jacaré nas florestas.
O biólogo David Mixon que trabalha em um departamento de vida selvagem da Geórgia, já teve que resgatar jacarés em casas de pessoas. Ele afirmou que até mesmo os jacarés que parecem ser dóceis podem ser perigosos. Segundo ele, para manusear os animais é preciso manter a boca dos jacaré fechada. “Eles são imprevisíveis. Há muitos vídeos e fotos em que as pessoas interagem com jacarés sem se machucar, mas quanto mais tempo se passa perto deles, maior a chance de ser ferido.”
A história de Wally
Henney já contou que ele adquiriu Wally em 2015, quando o animal foi resgatado no estado da Flórida, com 14 meses.
Em uma entrevista ao “The Philadelphia Inquirer” publicada em 2019, ele disse que Wally o ajudou a aliviar a depressão em que ele entrou depois das mortes de amigos próximos e que um médico validou a ideia de que Wally é um animal de apoio emocional.
O tutor afirmou na entrevista que o jacaré nunca tentou morder ninguém.
Em outubro do ano passado, Henney e o jacaré tentaram entrar no estádio do time Philadelphia Phillies.
Segundo Henney, ele e o animal tinham recebido um convite para conhecer os jogadores de beisebol, mas chegaram tarde demais ao encontro (os atletas já estavam se aquecendo no campo).
O dono do jacaré, então, comprou um ingresso para ver o jogo. A nova tática não funcionou: o estádio só permite animais de serviço, como cães de pessoas com deficiência visual.
G1 mundo