Através do vídeo, é possível ver a dificuldade do animal em andar. Essa é a segunda vez em que um animal da propriedade nasce com mutação. Pinto nasce com quatro patas em propriedade de Jaru, RO
Um pinto nasceu com quatro patas nesta terça-feira (03), em uma propriedade rural de Jaru (RO), na linha 632, a quase 300 km de Porto Velho. Essa é a segunda vez que um animal da propriedade nasce com uma mutação. Em 2023, outro pinto nasceu com duas cabeças, mas morreu dias depois.
Através do vídeo enviado pelo dono da propriedade, Valdemiro de Oliveira, é possível ver a dificuldade do pinto de galinha-d’angola em andar. Segundo o proprietário, ele nasceu vivo, mas a má formação nas patinhas dificulta até a alimentação do animal. (veja o vídeo acima).
Pinto de Galinha-d’angola nasce com quatro patas
Reprodução/acervo pessoal
Ao g1, Valdemiro informou que durante o nascimento, ele percebeu que o pinto de um dos ovos estava tentando sair de um lado que, segundo ele, não é habitual, pois a casca é mais dura. O caso surpreendeu o produtor rural.
“Quando eu tirei fui ver que um monte de pezinho aí, eu levei um susto. Da outra vez foi um bicho, um bichinho com a cabeça só e três olhos e dois bicos. Aí agora quatro pezinhos”, explica Valdemiro.
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O que dizem os especialistas?
Pinto de Galinha-d’angola nasce com quatro patas
Reprodução/acervo pessoal
De acordo com o biólogo Flávio Terassini, a mutação do animal ocorreu porque durante a fecundação do ovo, houve a entrada de dois espermatozoides para fecundar uma única gema. Ele explica ainda que era pra ter nascido pintinhos gêmeos, mas aconteceu a fusão do DNA, o que proporcionou uma má formação.
“Se você olhar [no vídeo], ele vai ter quatro patinhas, como se fosse para ser um gêmeo. Só que ele fundiu, que nem aqueles bebês, que às vezes nascem de seres humanos e de vários outros animais”, explica o biólogo.
Segundo o médico veterinário e professor doutor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Angelo Laurence Covatti Terra, a má formação pode ter acontecido pela genética, mas, por se tratar de um segundo episódio de má formação em aves, o veterinário alertou sobre uma segunda hipótese, que leva em conta fatores ambientais. No entanto, a causa só poderá ser comprovada após investigações.
“Se a incidência de casos aumentarem, é interessante dar uma verificada se algum contaminante em solo, em água, em razão, ar, que pode estar induzindo essas mutações”, alerta Angelo.
G1 Rondônia