Presidente ucraniano vai apresentar propostas para Joe Biden, na próxima semana; apesar de atualizações diárias, há poucas pistas sobre o conteúdo do plano. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o americano Joe Biden em reunião em 21 de setembro do ano passado.
JULIA NIKHINSON/POOL/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK via BBC
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (18) que o “plano da vitória”, que levará paz ao país, está pronto depois de muitas consultas, informou a Reuters. O plano, segundo a agência, também vai buscar manter a Ucrânia forte e evitar “conflitos congelados” — em referência à guerra com a Rússia.
No mês passado, Zelensky prometeu apresentar o plano para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro deverá ocorrer na próxima semana enquanto participam das sessões do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Até agora, apesar de o presidente ucraniano fornecer atualizações diárias sobre a preparação do plano, ele deu poucas pistas sobre o conteúdo, indicando apenas que visa criar termos aceitáveis para a Ucrânia, que está em guerra com a Rússia há mais de dois anos e meio.
“Hoje, pode-se dizer que nosso plano de vitória está totalmente preparado. Todos os pontos, todas as áreas de foco principais e todas as adições detalhadas necessárias do plano foram definidas”, disse Zelenskiy em discurso por vídeo.
Segundo ele, o mais importante será a determinação para implementá-lo. Para Zelensky, não há alternativa viável para alcançar a paz que passe por “congelar” o conflito sem uma solução real e que isso “simplesmente adiaria a agressão russa para outra fase”.
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Na terça-feira (17), o presidente disse que uma reunião com os principais comandantes produziu “conteúdo bom e forte” em termos militares, “precisamente do tipo que pode fortalecer significativamente a Ucrânia”.
Zelensky usou como base para negociações um plano de paz que apresentou no fim de 2022, pedindo a retirada de todas as tropas russas, a restauração das fronteiras pós-soviéticas da Ucrânia e um meio de responsabilizar a Rússia por sua invasão.
O plano foi o foco de uma “cúpula de paz” realizada pela Suíça, em junho, com os participantes prometendo convocar uma segunda cúpula ainda este ano. A Rússia não foi convidada para a cúpula de junho e a considerou sem sentido, embora a Ucrânia e seus aliados digam que Moscou poderia participar do próximo encontro.
Zelensky rejeitou qualquer rodada de negociações enquanto as tropas russas ocuparem quase 20% do território do país. A Rússia afirmou repetidamente que está disposta a negociar, mas descarta discussões enquanto as forças ucranianas permanecerem em sua região de Kursk, após ter lançado uma incursão na área no mês passado.



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