Joice Barros desapareceu em 2013 depois de sair de casa para ir até uma festa de casamento. Caso que foi arquivado por falta de informações deve ser reaberto como homicídio. O desaparecimento de Joice Barros de Oliveira é um grande mistério para a Polícia e para a família dela.
Arquivo Pessoal
Exames laboratoriais apontaram que uma ossada humana encontrada em Vilhena (RO) em setembro de 2023 pertence à jovem Joice Barros de Oliveira, que desapareceu há mais de 10 anos após sair de casa para ir até uma festa de casamento.
O caso que era tratado como desaparecimento deve ser reaberto como homicídio. Segundo a polícia, uma corda encontrada ao lado dos ossos aponta que a jovem foi amarrada.
A ossada foi encontrada em setembro de 2023, no bairro Cidade Verde II, em Vilhena, por um morador que escavou o local para iniciar uma obra. Na época em que Joice desapareceu o bairro não existia: a região era apenas um matagal.
O exame de DNA foi feito em um laboratório forense em Porto Velho e a família de Joice foi noticiada na terça-feira (7) de que o resultado indicou que os ossos pertencem à jovem.
A polícia apontou, à época, que esse é um dos casos mais misteriosos já registrados na cidade. Por anos, a polícia buscou informações mas não encontrou nada que pudesse indicar o paradeiro da jovem. Joice tinha 18 anos quando desapareceu, no dia 18 de dezembro de 2013.
“Na época foram feitas todas as diligências possíveis. Acessamos as mensagens de redes sociais e nenhuma conversa suspeita [foi encontrada], quebramos o sigilo do celular… não tinha envolvimento algum com crime, nada de suspeito que pudesse indicar algo de errado, inclusive na vida pessoal”, aponta o delegado Fábio Campos, que investigou o caso.
De acordo com o delegado, Joice era uma pessoa tranquila e “de família” e não havia nada que indicasse que ela teria envolvimento com algo “fora do comum”.
Joice Barros
Família/Arquivo Pessoal
O que acontece agora?
O caso de Joice era tratado como desaparecimento e, pela falta de informações, foi arquivado pela polícia. Dez anos depois, com as novas evidências, a investigação deve ser reaberta como homicídio.
“O caso já está com a delegacia de homicídios e passamos a outra fase, agora com provas materiais de que houve assassinato e, além disso, um crime qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pois havia corda ao lado do corpo, indicando que ela tenha sido amarrada”, comenta Fabio Campos.
No entanto, segundo a polícia, nesses dez anos a polícia nunca conseguiu chegar a um suspeito.
“Na época, a polícia ouviu parentes que falaram com ela no dia do desaparecimento, ex-namorado e amigos dela. Mas não se chegou ao suspeito”, aponta o delegado.



G1 Rondônia